22 de dezembro de 2011

XIII

Subi e fui ao encontro de Sara.

Sara: Quem era aquele?
Joana: Um atrasado mental, tens bem noção que me atirou areia para a cara com as barbatanas e nem pediu desculpa?
Sara: A sério?
Joana: Sim, nem sabes a raiva que me meteu.
Sara: Imagino eu também ficava assim.
Fiz um som esquisito com a boca.
Sara: E como se chama?
Joana: Eu sei lá, e nem quero saber. Olha sabes que  mais? Não o quero ver mais, é mesmo isso.
Sara: Ok tu é que sabes. Vamos entrar? Compramos frango para o jantar. - fez-me um sorriso doce.
Joana: Óbvio estou com imensa fome.

Fomos andando para casa, e imaginem lá quem passa mesmo à minha frente? Sim... Aquele rapaz com uma bicicleta e com a prancha de bodyboard debaixo do braço e pisca-me o olho. A minha reacção foi só e apenas de ignorância, não queria ter nada a ver com aquela mal educado. Vejo que ele para mesmo a bicicleta ao lado da nossa casa de férias, será que é meu vizinho?
Oh gosh, agora está tudo estragado. Passados dois minutos já estávamos à mesa para jantar.

Ricardo: Que andaste aqui a fazer sozinha, hã?
Joana: Fui até à praia meditar.
T: Chama-lhe meditar, foste mas é apanhar 'ganda' bronze. - Faz um olhar de desconfiança.
Joana: Até podia ter feito isso, mas não.
Sara: Deve ser bué gratificante.
Ricardo: O que vai ser bué gratificante vai ser logo à noite. - Lança-me um olhar de sedução.
Joana: Ricardo. - Disse em tom autoritário. - Não fales assim da nossa vida privada pá.
Ricardo: Eu não disse nada. - Ri-se, ao mesmo tempo que Sara e T. - Tu é que levaste para o lado mais perverso.
Joana: Pronto, ok. E hoje quem vai lavar a loiça? - E todos ao mesmo tempo apontaram para mim. - Eu já lavei ao almoço.
Sara: Temos que fazer uma tabela.
T: Também acho.
Ricardo: Eu posso lavar.
Sara: Go Ricardo.

Subimos, e depois pronto, aconteceu. Sim, aconteceu!

Continua.